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AÇÃO E MECANISMO
- Laxante. Associação de plantas com atividade laxante estimulante (frigula e concha sagrada) e mecânica (fucus).
Fenócula e concha sagrada são plantas ricas em heterosideas anthraquinônicas (frangulins e glucofrangulins na frigula; cascatas na concha sagrada). Esses compostos parecem exercer um efeito irritante das terminações nervosas intestinais, com a liberação de mediadores como serotonina e histamina, que aumentam a peristalse intestinal. Além disso, também poderia ocorrer um efeito sobre o NA+/K+ ATPase, bloqueando a reabsorção de água, sódio e cloreto, e aumentando a secreção de potássio. O resultado é um aumento da carga osmótica na luz intestinal que favorece a liberação de mais água.
Fucus, por outro lado, é uma alga rica em mucilagens, polissacarídeos não digestíveis com grande capacidade de captação de água, formando um gel viscoso e volumoso, que aumenta o volume de fezes e promove o peristalcistismo, contribuindo para o efeito laxante.
Os efeitos geralmente aparecem de 6 a 12 horas após a administração.
AVISOS ESPECIAIS
- Faça um diagnóstico diferencial em pacientes com suspeita de obstrução intestinal.
- Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve estar devidamente hidratado e seus níveis de eletrólitos estar normal. O tratamento não deve ser iniciado se tais níveis níveis podem ser alterados.
- Pacientes idosos ou enfraquecidos são mais propensos a reações adversas de laxantes.
- Recomenda-se investigar a causa da prisão de ventre em pacientes que necessitam de uso diário do laxante.
- A possibilidade de aparecimento de um quadro hipertireóide deve ser levada em conta em pacientes tratados com altas doses de fucus por longos períodos de tempo. Se o paciente apresentar sintomas de hipertireoidismo, recomenda-se medir os níveis hormonais da tireoide.
IDOSO
Os laxantes devem geralmente ser usados com cautela nos idosos, pois podem resultar em perda excessiva de fluidos e eletrólitos, e exacerbar estados de fraqueza, hipotensão e incoordenação psicomotora, com o consequente risco de quedas e fraturas.
CONSELHO PARA O PACIENTE
- Antes de iniciar o tratamento para prisão de ventre, os hábitos de vida devem ser alterados. Recomenda-se a ingestão diária adequada de fluidos e fibras, responda rapidamente ao estímulo da defecação e realize exercícios físicos.
- Este medicamento não é indicado para o tratamento de prisão de ventre de longo prazo. Tratamentos contínuos não são aconselhados por mais de 6 dias.
- O uso contínuo pode levar à dependência e ao agravamento da prisão de ventre.
- Medicamentos laxantes não são recomendados em caso de dor abdominal de origem desconhecida, náusea ou vômito.
- Pessoas com mais de 65 anos são mais sensíveis a reações adversas de laxantes estimulantes, por isso são recomendadas precauções extremas no início do tratamento.
- Recomenda-se ingerir uma quantidade adequada de água (cerca de dois litros por dia) durante o tratamento com este medicamento, para melhorar os efeitos laxantes e evitar a desidratação.
- Consulte seu médico e/ou farmacêutico se a prisão de ventre piorar, ou se aparecerem sintomas como náusea ou vômito, inchaço abdominal ou febre.
- O aparecimento de amarelamento ou browning de urina é normal, o que não importa.
- Se o paciente está sendo tratado com outros medicamentos orais, ele deve permitir pelo menos 30-60 minutos entre tomar esses medicamentos.
CONTRA-INDICAÇÕES
- Hipersensibilidade a qualquer componente do medicamento.
- Situações que poderiam ser agravadas pelo efeito laxante, como [OBSTRUÇÃO INTESTINAL], [PERFURAÇÃO INTESTINAL], crônica [DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL], [APENDICITE] ou [MEGACOLON TOXICO]. Logicamente, não deve ser usado em pacientes com [DIARREA].
- [HEMORROIDAS]. Heterodocas anteroquinônicas podem aumentar a hemorragia hemorroida e piorar a sintomatologia das hemorroidas, por isso é aconselhável não usar.
- [DESIDRATAÇÃO]. Recomenda-se evitar o uso de laxantes estimulantes em pacientes com desidratação ou desequilíbrios eletrólitos como [HIPONATREMIA] ou [HIPOPOTASEMIA], pois podem agravar a condição do paciente.
- [HIPERTIREOIDISMO]. Fucus é uma alga rica em iodo, então pode agravar a condição de pacientes com hipertireoidismo.
- [HEPATITE].
- [NEFRITE INTERSTITIAL].
GRAVIDEZ
Estudos humanos adequados e bem controlados não estão disponíveis para entender a eficácia e a segurança deste medicamento durante a gravidez, embora não haja relatos de reações adversas ao feto nas doses recomendadas. Alguns heterodoistos anteroquinônicos, como emodo, frangulina, crisophanol ou física han associados a efeitos genotóxicos e oxitóxicos. Além disso, han casos de malformações arteriovenosas foram relatados em filhos de mães que usaram fucus durante a gravidez, embora não tenha sido estabelecido um forte elo causal. Por isso, recomenda-se evitar seu uso, a menos que não haja alternativas terapêuticas mais seguras, os benefícios superam os riscos potenciais.
TRAJETO
- Tratamento ocasional de [ESTRESSE].
INTERAÇÕES
Em geral, deve-se notar que devido aos efeitos laxantes, este medicamento poderia reduzir a absorção de qualquer outra droga que é administrada oralmente. Fucus, especialmente, pode formar um gel denso que retém outras drogas dentro, limitando sua absorção. Portanto, é aconselhável distanciar as ingestão de fucus e outras substâncias ativas, restando pelo menos 30-60 minutos entre os dois.
- Digoxina. Se ocorrer hipokalaemia, a toxicidade da digoxina pode ser aumentada. Recomenda-se beber muita água durante o tratamento, e não exceder as doses recomendadas ou a duração do tratamento.
- Drogas de hipokalemia (ACTH, agonistas beta-adrenérgicos, anfotericina B, corticosteroides, tiazida ou diuréticos assados, alcaçuz). Há um risco aumentado de hipokalaemia. Recomenda-se a ingestão diária adequada de água e eletrólitos e evita-se tratamentos prolongados.
- Extensões de intervalo QT (antagonistas 5-HT3, antiarthythmics classe IA e III, antidepressivos em altas doses, certos anti-histamínicos H1, antimaláricos, trióxido de arsênico, formoterol, contrastes de gadolínio, ivabradina, levacetilmetadol, levosimendan, macroids, neurolépticos, pentamidina, alguns fluoroquinolones, dasatinib, sunitinib, suxametonium, tacromusli, varafil). Hipokalaemia pode aumentar o risco de prolongamento do QT e o aparecimento de arritmias cardíacas ventriculares graves, como torsade de pointes. Precauções extremas são aconselhadas nesses pacientes, controlando a kalemia e corrigindo-a em caso de hipokalaemia.
ENFERMAGEM
Não se sabe se os componentes deste medicamento podem ser excretados com leite humano, e suas possíveis consequências para o bebê. Alguns heterosideas anteroquinônicos, como o reine, são excretados com leite em pequenas quantidades, embora nenhum efeito colateral han descrito no bebê. Dado o risco de efeitos laxantes na criança e possível hipertireoidismo, recomenda-se evitar o uso deste medicamento ou interromper o aleitamento materno.
CRIANÇAS
A segurança e a eficácia em crianças de 12 anos ou mais jovens não foram avaliadas, por isso recomenda-se evitar seu uso.
REGRAS PARA A ADMINISTRAÇÃO ADEQUADA
Engula as pastilhas com fluido suficiente.
DOSAGEM
- Adultos e adolescentes > 12 anos: 1 comprimido após o jantar. Normalmente é o suficiente para tomá-lo 2-3 vezes por semana.
- Crianças < 12 anos: contraindicados.
Duração do tratamento: evite tratamentos maiores que 6 dias. Reavalie o diagnóstico em caso de persistência dos sintomas após 4 dias.
PRECAUÇÕES
- Doença cardíaca. O teor de iodo do fucus poderia estimular a função cardíaca, de modo que poderia piorar patologias como [INSUFICIÊNCIA CARDÍACA], [HIPERTENSÃO ARTERIAL] ou [ARRITMIA CARDÍACA]. Pacientes com doença cardíaca devem usar fucus com muito cuidado.
- Sintomas de obstrução intestinal. Antes de iniciar o tratamento com laxante, recomenda-se fazer um diagnóstico diferencial de obstrução intestinal em pacientes com sintomas como [NÁUSEAS], [VOMITOS] ou [DOR ABDOMINAL] de origem desconhecida, ou [DISTENSÃO ABDOMINAL].
- Insuficiência renal. Pacientes com comprometimento renal devem ter extrema cautela devido ao risco aumentado de desequilíbrio hidroeletroidrolítico que podem ter.
- Prevenção de desidratação. Recomenda-se que os pacientes ingeram uma quantidade diária adequada de água e eletrólitos durante o tratamento para evitar uma possível desidratação. Caso o paciente perceba a presença de tontura, sede grave, cansaço ou fraqueza muscular, é aconselhável que pare o tratamento e vá ao médico.
- Abuso. O uso de laxantes tem sido associado ao aparecimento de dependência aos seus efeitos, agravamento da prisão de ventre como resultado da perda de eletrólitos e casos de abuso. Recomenda-se evitar tratamentos prolongados por mais de 6 dias. Se o paciente precisar de uso quase diário dos laxantes, é aconselhável investigar a causa de sua prisão de ventre.
- Níveis hormonais da tireoide. O uso de altas doses de fucus durante períodos prolongados de tempo resultou em casos de aumento dos níveis hormonais da tireoide, e até mesmo hipertireoidismo. É aconselhável não exceder as doses prescritas, e monitorar os níveis hormonais da tireoide em pacientes que apresentam sintomas de hipertireoidismo (sensação de calor, perda de peso injustificada, nervosismo, insônia, palpitações).
- Mancha de urina. O uso de heterosides anthraquinônicos pode manchar a urina amarelada e acastelhada. Este sintoma não deve alarmar o paciente, pois é devido à remoção das substâncias ativas na própria urina.
PRECAUÇÕES RELACIONADAS COM EXCIPIENTES
Este medicamento contém lactose. Pacientes com hereditário ou gactose [INTOLERÂNCIA LACTOSE], insuficiência de lactase lapp ou glicose ou má absorção de galctose não devem tomar este medicamento.
REAÇÕES ADVERSAS
- DIGESTIVO: [DOR ABDOMINAL], [ESPASMO ABDOMINAL], [DIARREA]. Uma coloração da mucosa intestinal (pseudomelanose coli) pode aparecer e desaparecer quando o tratamento é interrompido.
- Urinar: [ALBUMINURIA], [HEMATURIA].
- Alérgico: [REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE].
- Metabólico: [DESIDRATAÇÃO], [HIPOPOTASEMIA].
REAÇÕES ADVERSAS RELACIONADAS AOS EXCIPIENTES
- Este medicamento contém lactose, que pode apresentar proteínas do leite. Pode causar [REAÇÕES HIPERSENSIBILIDADE] em pessoas com alergia à proteína do leite de uma vaca.
OVERDOSE
Sintomas: Em caso de overdose, é esperado um aumento das reações adversas, com diarreia, dores abdominais espasmódicas, contorcendo-se e perdendo água e eletrólitos, o que em casos graves pode causar hipokalaemia. Hipokalaemia pode causar arritmias cardíacas, fraqueza muscular e cãibras musculares, e nos casos mais graves nefrite. A ingestão crônica pode causar hepatite.
Tratamento: Recomenda-se interromper a administração e instituir tratamento sintomático, especialmente reidratação e consumo de sal mineral, se necessário.